segunda-feira, 17 de maio de 2010

ANARQUISTA INTERNO

Estou pasmo
aflito
angustiado
triste
amarrotado.
Dei nó por dentro
Anarquizado com minha impotência
Anestesiado pela saudade,
humanizado pela vontade de ser bom.
Meu amigo está inconsciente,
Experimento não chorar.
Rezo prá ele sorrindo,
imito seu sorriso
Seu olhar, um traço
Que bom o abraço.
Curar-te não posso,
Esperar posso
teu corpo vibrar
a elegância de ser um anarquista interno.
Anarquista rima com artista
E combina com cinema.
Te aguardo na próxima sequência
Onde estarás consciente e feliz!

a um amigo cineasta

sábado, 15 de maio de 2010

Pitty - Déja Vu

VERSOS

Encontrei os versos soltos
Eram leves
doces
e gritavam!
Os versos estavam presos
a uma sequência de um filme
Um filme quase romântico
um melodrama
Ou um drama
Não era comédia
Não o importa o filme
Ou importa
Filme também se exporta
O verso perdeu a metáfora
Confusões de um poema inacabado.
O que tem o verso com o cinema?
Alguma coisa de sedutor
dependência?
Quem depende do verso?
O cinema depende de que?
Os versos ficaram soltos,
O cinema se perdeu,
Não posso me perder do cinema
Quero me encontrar nos versos.
Sintonizo.

SAUDADE

Por onde eu for
por onde eu andar
qualquer que seja o lugar
o tamanho
os planos
os danos
Vou procurar
Alguma coisa de ti
Alguma coisa de mim
Melhor não andar
ficar parece pleno
Pensar é um aceno
prá saudade se chegar
E fazer o que?
Não fazer, só olhar.

Kiko

DÚVIDAS

O que é um artista preso em seus anseios de ser
De criar alguma coisa qualquer?
Como sente o artista que se quebra por dentro
E se enrola em uma alma revolta de inspiração.
O que é ser artista em um mundo que corre da revolução
da mudança trágica e consisa.
Como ser artista em meio a refletores sem cor?
A ruídos inquietos
De gotas de luz opaca.
Onde está a arte divina
Que incendeia corações aflitos
emaranhados pelo olhar que suga as histórias
de uma narrativa que ficou perdida e virou lenda?
Artista é dor?
Artista é cor?
Como existir em meio a ruídos tão graves
de acordes desonestos
que salientam invadindo nossos ouvidos
nossos olhos
nossas vidas
e nos adoecem pela falta de prazer?
Estou exausto,
perplexo?
Talvez enjoado,
indeciso,
qualquer coisa,
Eu não sou,
Eu estou!

E POR FALAR EM CINEMA

Hoje eu queria falar de cinema, estou desenvolvendo um roteiro, não vou contar porque eu ainda não registrei, claro. Não sei se é a melhor idéia que eu tive, nem se é a melhor dos últimos tempos. É apenas uma idéia que tive e estou desenvolvendo, deixando-a crescer dentro de mim e no computador. Se estou gostando? Estou, tá tão gostoso ficar escrevendo que decidi parar, pois começo a acelerar demais o processo e posso passar na frente de minha inspiração. E está naquele momento gostoso em que eu conheço mais ainda a personagem. Eu gostaria tanto de filmar todas as idéias que tenho, como gostaria. Vou fazendo uma de cada vez quando der, e dá, mas tem hora que bate uma ansiedade que nossa senhora, aliás eu sou movida a ansiedade. Me trato, vou a análise toda semana, pode ser que um dia diminua, já diminuiu. Como não ficar ansiosa no meio de tanta vontade e tanta impotência? Pensa bem no que você gostaria de fazer hoje, aquelas coisas que quer fazer a mais de dois anos e ainda não fez, pensa em fazer uma delas, dá ou não dar ansiedade? Por isso muitas vezes tenho pressa em uma ilha de edição. Caramba, tu tem uma idéia, aí leva um tempo prá desenvolver, prepara o roteiro técnico, convence equipe, convence ator, e corre atrás de tudo, aí vai-se tempo, depois fica dois prá cá e dois prá lá prá filmar, e filma. Daí quando chega na edição o termômetro da ansiedade dispara. Depois de ter escrito essas linhas acredito que eu não seja tão ansiosa, pode ser que existem coisas e pessoas muito ociosas, pode ser, vou pensar sobre isso.
Um abraço,

Querer

Querer eu queria,
Namorar uma virgem
uma virgem mulher
não uma mulher virgem.
Dessas que crescem ao lado;
querer eu queria
chegar ao fim do dia
com o pulsar da alegria
e esse pulsar ser você.
Querer eu queria,
não querer tanto.
Assim não teria pranto,
não teria dor.

Kiko

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É assim

Não costumo colocar nada de ninguém no meu blog, até porque o meu blog é prá falar das coisas que faço. Coloquei algumas coisas indiretamente minha, como alguma coisa sobre Peões de Eduardo Coutinho, porque fiz a asssitência de produção. A Pitty é tudo, sou fã dela, pois é, aí, sou fã da Pitty, gosto dela e do que ela canta. Me serve prá caramba, me faz bem. Agora chega de puxar saco da Pitty, a Jacqueline Brandão e a Cristina Perera são amigas que vão estar prá sempre comigo e são profissionais que admiro prá caramba o trabalho delas; e além do mais filmei as duas. As fotos de Marcelo Carvalho, porque gosto muito dele e as fotos são do documentário O Lugar que dirigi. Até porque, meu blog se chama eu e o cinema, não eu e o filme dos outros.
Valeu gente, até mais.

Cristina Perera.mp4

Do Lula operário ao Lula presidente

Bastidores de O Lugar.wmv

Pitty - Me Adora (Videoclipe Oficial)

Jacqueline Brandão - amostra de video

terça-feira, 11 de maio de 2010

PINK

Saudades de Pink, muitas saudades dela. É intensa a dor que invade minha casa todos os dias, porque todos os dias a Pink não corre mais por lá.
Estava chovendo muito quando conheci Pink, eu a protegi da chuva, a envolvi no meu casaco e fomos correndo prá casa. Chegando em casa, levei Pink para um bom banho, dava prá sentir a satisfação que existia no seu olhar ainda amedrontado e sem entender direito o que estava acontecendo. Depois eu e Let levamos Pink ao médico, ele constatou que ela estava ótima, só deveria tomar um remédio de verme. Pink ainda não tinha dois meses de idade, cabia dentro de uma meia da Let que calça 35. Voltamos prá casa e Pink já queria brincar, o sorriso estava estampado no rosto dela, ela encontrara uma família, e nós encontramos o ser mais sincero que aquela casa precisava. Eu amei Pink assim que a vi, assim que lhe demos o primeiro banho, a primeira gota do remédio de vermes, o primeiro potinho de ração. A vira-lata mais vira-lata que existe, Pink veio na hora certa, no momento certo prá mim. Eu estava precisando de me lembrar o que era ser amada. O tempo foi passando, a cada dia me tornava mais amiga da Pink, ela um doce sempre, não dava uma dentro, mas logo, logo, aprendeu a fazer xixi e cocô no jornal. Comia tudo que via pela frente, ficar sozinha? Ela detestava, por isso, a cada saída já esperávamos ter surpresas quando chegássemos em casa; e Pink se escondia assim que entrávamos. Eu confesso que briguei muito com ela prá ensinar-lhe, mas era horrível, pois ela ficava tão desolada, que eu me culpava o resto do dia, eu cansei de sofrer, decidi não me zangar mais com a Pink. A Let decidiu que seria ela à partir de agora a ralhar com ela, e a Let sofria o mesmo tipo de chantagem a cada vez que brigava com a Pink. Inauguramos o castigo, que nunca durava mais que uns 20 minutos, pois a Pink nos obrigava a cortar o castigo nos olhando com uma cara de cachorro comprido, que nossa!
E assim Pink foi crescendo, não cresceu quase nada, ficou a uma vira-lata pequena e abusada. Prá mim é a abusada que mais amo na minha vida. Eu a amo e sei o quanto ela me ama. A minha Pink que só obedece a mim, eu não sei o que está sendo dela agora, a Let e o pai a roubaram de mim, roubaram de dentro de casa; porque a Let se foi e se encontrou no direito de dizer que a cachorra é dela. Roubaram minha cachorra e eu a quero de volta, tenho sofrido muito, chorado muito. Sinto a Pink me acompanhar para a cozinha, se aconchegar ao meu lado prá dormir, e a me pedir alguma coisa. Não dá prá esquecê-la, ninguém vai entendê-la como eu, ninguém. E isso pode estar fazendo minha vira-lata muito infeliz. Acredito que terei de brigar por ela, sei não, mas está insuportável ficar sem ela.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PAQUETÁ

Eu tinha um sonho, um sonho que durou anos e anos. Eu queria muito ir a Paquetá, eu nunca havia ido a Paquetá, queria ir com alguém que eu amasse de verdade e que me amasse. Aí me apaixonei pela complicada e perfeitinha garota, filha da sogra homofóbica. E fomos eu e minha garota a Paquetá, vou romantizar, valeu?
Foi um dos dias mais lindos de nossa relação, sabe aqueles dias em que o Rio de Janeiro decide ter uma pequena brisa, um sol radiante, tocando leve na pele e um céu azul sem igual? Nossa! Era tudo de bom, muito irado. Eu a acordei no domingo pela manhã com um beijo leve no rosto, ela me sorriu ainda com os olhos quase fechados, beijei teus lábios, lhe disse bom dia, ela me respondeu e fomos nos preparar para a viagem a Paquetá. É perto? Prá mim é viagem. Tomávamos café da manhã juntinhas todas as manhãs, e naquela não iria ser diferente, acredito que esses foram os cafés da manhã mais agradáveis de minha vida, é muito bom, bom mesmo tomar café da manhã ao lado de quem a gente ama. E eu a amava muito. Nos arrumamos, saimos para a Pça XV.
Entramos na barca, me correu um frio pelo corpo, uma vontade de abraçá-la ali, dentro bem na entrada da barca, e a abracei e disse baixinho que estava muito feliz, só esqueci de dizer que aquela barca, aquele mar, aquele sol, tudo aquilo e mais estar com ela nos braços, fazia daquele dia o mais feliz da minha vida. Tive vergonha de dizer, achei que estava exagerando no romantismo.
Agora já sei que em um momento tão cheio de emoção, jamais devo guardar algo somente prá mim, agora sei que os momentos não voltam. Fizemos fotos, andamos pela barca de mãos dadas, nos sentamos nos olhamos, sorrimos, acariciei as mãos dela, miramos o mar. Não dá prá medir o tamanho de agrado que senti no meu coração, a ternura que invadiu meus braços e uma vontade de sorrir e chorar, cara, aquilo era toda uma felicidade que eu estava sentindo. Eu, ela, a barca e o mar, Nos olhamos mais uma vez, ela me sorriu feliz, ela estava radiante, estávamos radiantes de felicidade, nos amávamos, nosso amor era maior do que qualquer amor de cinema, aliás, não era maior nem menor, era real, ninguém escreveu ou filmou, simplesmente nos amávamos. Chegamos a Paquetá, que legal, adorei Paquetá, não sei se era por causa da presença dela e do nosso amor por lá, mas eu achei Paquetá lindo. Alugamos bicicletas, e fomos passear de bike por Paquetá, fizemos fotos, sorrimos muito, nos apaixonamos mais uma vez em Paquetá, passamos o dia lá. Nos abraçamos, nos beijamos em Paquetá. Cara, era tudo de bom, eu tinha uma garota que eu amava, que me amava, e estava em Paquetá, e eu a beijei lá. Meu sonho era todo realidade naquele momento, eu sonhei com tudo aquilo um dia, e depois não era mais sonho, era a realidade mais doce que eu sentia depois de tantos anos na dor da inquietação que faz a falta de um amor verdadeiro. Eu estava amando, e estava em Paquetá com a garota que eu escolhi estar. Eu estava feliz, e dava prá ver aquela pequena ilha sorrir prá mim o tempo inteiro, aquelas ruas estreitas, aquelas praias tão bem desenhadas por Deus, aquela paisagem que nenhum escritor descreve tão bem quanto os olhos nus de quem a vê. Estávamos tão felizes que entramos em um cemitério e nem percebemos, e achamos o lugar lindo, e fizemos muitas fotos lá dentro, depois que percebemos na placa que era um cemitério. Irado, não? Tudo era paz, tudo era terno. A tarde caiu, decidimos pegar a barca de volta pro Rio, e foi mais gostoso ainda, nossa satisfação, nossa alegria interna, nosso cansaço merecido e aquecido pela ternura que sentíamos uma pela outra. Ela recostou a cabeça no meu ombro, e eu a amei mais uma vez, e assim voltamos de Paquetá, felizes. Um casal feliz, voltando de um dia feliz em Paquetá.

sábado, 8 de maio de 2010

Mais uma Estória de Amor

Eu , Helena, não do Manoel Carlos, apenas um artista quase que insignificante, digo quase, porque minha arte significa muito prá mim. Também sou quase um personagem desses filmes que só tem personagem com problemas sérios psicológicos. E quase fui um otário, ou treinei prá ser otário. Coisas asssim a meu respeito não são tão importantes agora; porque agora quero falar do meu último relacionamento, ou namoro, ou casamento, sei lá, alguma coisa diferente de, nem sei o que foi tudo aquilo. Me apaixonei por uma garota, apaixonei não, amei, amei não, às vezes ainda a amo; alguma coisa assim, vai. Nos casamos na segunda semana de namoro, culpa da maldita sogra que era contra. Por que contra? eu também sou garota, sei lá, mulher vai. Éramos duas mulheres apaixonadas e no meio de tudo isso, uma sogra inconformada, homofóbica e histérica. Eu sempre tive pavor da minha sogra. Ela me parece com essas mulheres que sentam atrás de uma mesa insatisfeitas com o trabalho, sonhando com o contra-cheque no final do mês e que nos finais de semana procura algo mais prá ficar insatisfeita. E aliás, não quero falar de sogra inconsequente, quero falar de amor, é, amor enlouquente que enlouquece e padece. Fomos a um show do Lulu Santos, eu adoro Lulu Santos. Então, quando voltamos para minha casa, quem liga prá minha garota? A sogra homofóbica ! E discutem , "de repente não mais que de repente', minha garota me pede prá morar na minha casa com o telefone ainda ao ouvido, daí eu disse que sim. E assim começou nosso casamento. A sogra homofóbica nos casou.
Eu havia ganho o melhor bom dinheiro por uma obra até aquele momento, eu tinha grana prá sustentar a mim e a minha garota até que pudéssemos conseguir um outro meio de ganhar uma grana. Ficamos felizes, nos abraçamos, fizemos planos, beijos, carinhos, éramos o casal mais feliz do mundo. Estávamos nos amando, e isso era tudo que importava naquele momento. Sei que às vezes narro meio parecido com aquelas revistas Sabrina, ou aquelas novelas bem molodrama que são transmitidas em uns canais de tv por aí. Mas é que amor é assim mesmo, amor é melodrama, se não for melodrama não é amor, é tesão. Eu acredito no amor só se a pessoa me parecer brega quando falar nele. Pensa bem, qual a música do Roberto Carlos que lembra você do seu último relacionamento? Parou prá pensar, não? É isso, quando há amor, os cantores mais românticos nos fazem parar e ouvi-los, os bregas também. Pagode então, caraca, quando passo perto de um boteco e ouço alguns pagodes agora, só dá vontade de ficar quietinha lembrando dela.
Eu já revelei o final da estória, não estamos mais juntas, nos separamos. Eu pedi prá sogra nos separar, aliás, ela já havia nos separado, e nem sabíamos disso ainda. Como? Aí é que é legal, o meio da estória toda é que é interessante, bem surreal.
Vamos denominar como algo do absurdo, isso, o cúmulo do absurdo, isso existe, aconteceu comigo.
Minha garota tinha problemas familiares, o que não é inédito, todo mundo que tem uma família tem problemas familiares, até porque famílias sempre funcionam através de atitudes totalmente desfuncionais.

Semana que vem a estória continua.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bastardos Inglórios

Não sou muito de ficar falando do filme dos outros em meu blog, até porque é uma chatice esse negócio de ficar dando uma de entendida de filmes geniais e megera dos que na minha opinião não são bons. Não sou crítica de cinema, sou cineasta, e cineasta faz filmes, certo? Até porque cineastas devem fazer filmes ou do contrário como vão sobreviver os críticos de cinema? E imagina o inferno daqueles que se intitulam cineastas intelectuais e esquecem de fazer filmes, porque estão sempre assistindo e analisando o filme dos outros. Aliás inventam cada coisa prá dizer coisas de filmes por aí...saca, deixa isso prá lá, vamos direto ao assunto.
Adoro Tarantino, ADORO! Ele e o Almodóvar prá mim são geniais. Não sei porque gosto de assistir aos filmes deles, não sei dar explicações intelectuais do porque gosto deles, gosto do que eles fazem. Muito bom prá mim.
Bastardos Inglórios foi uma sacada de gênio! Amei! Já vi duas vezes, com certeza verei mais vezes, não consigo ficar sem rever filmes do Tarantino e do Almodóvar. Não vou ficar aqui dizendo ou descrevendo cenas de filme, analisando trabalho de ator, diretor, arte, fotografia e tudo o mais. Tá tudo bom, porque quando o filme agrada não importa se foi a melhor fotografia ou o que. O conjunto de tudo fez o filme ficar genial. Agora se o filme não tivesse me agradado, certamente eu iria falar assim, é, a fotografia é legal, o trabalho de alguns atores...é isso, mas o filme me agradou bastante. É isso que quero, agradar com o meu cinema, é isso que importa. Público satisfeito, o cineasta é feliz!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Esquisito que apavora!

Vejamos, quanta coisa esquisita acontecendo, meu Deus, o que está havendo conosco? Uma tenta roubar um bebê no hospital porque quer ser mãe, a outra, adota uma criança e a espanca, e vê isso como uma coisa normal, que coisa. Essa senhora não é normal, ela tem algum problema muito sério. Sei lá, tem tanta coisa sem explicação, como por um acaso um camelô, que agora são dois, percebem um carro bomba em uma rua nos Estados Unidos, que coisa! Agora o pior de tudo é o timão jogar tudo aquilo e o flamengo ficar com a vaga. Caramba, eu não acredito mais em futebol, não acredito. Impossível aquilo, e aquele gol do love lá, meu, aquilo foi muito estranho, estranhíssimo! Aquele gol foi um lance fora de ordem, sei lá, o timão tava tão bem. Infelizmente tenho de pensar que isso é tudo armação, não estou falando que seja, mas sei lá, sinistro. Tá tudo muito louco no mundo, estamos a cada dia mais loucos. E a última sinistra que vi hoje, polícia prende o sujeito e ele escapa de dentro do carro da polícia. kakakakaka....essa foi prá relaxar no meio de tanta catástrofe!kakakakakakakka...

Um pouco do Storyboard do meu primeiro filme - Consequência





NEM TODA SOGRA É MÃE!

Fazem muitas brincadeiras com sogras, detonam as coitadas nas piadas. Às vezes acho injusto, me parece uma cultura fazer brincadeiras que sogras são ruins. Algumas sogras não são ruins, elas são cruéis, não são mães. Sogra que é mãe não precisa correr atrás do filho ou filha prá colocar no colo, eles vão pro colo dela. Algumas sogras decidem ter filhos, e os filhos chegam; daí elas decidem sair do eterno manto de mãe, e se rebelam; querem sair, conversar, trabalhar, desejam ser importantes para o mundo. E dão tudo aos filhos, carrinhos, bonecas, viagens, sorvetes, roupas, balas e dinheiro. Melhores escolas, cursos de inglês, natação...uma infinidade de coisas. Aí chega a hora de se divorciarem, por que ficar casada, se o marido não consegue cuidar dos filhos prá ela? Aí se divorcia. Os filhos ficam adolescentes, não querem mais brinquedos nem balas. Querem grana, roupa de marca e sair. Agora ´tá mais fácil, ela dá tudo que eles pedem. Amor? Eles ainda não sabem o que é isso, prá que isso? Atenção? Quer mais da atenção do que eu dou? corrijo meus filhos sempre que posso. Assim elas decidiram ser mães. Os filhos começam a dar problemas, e elas não podem namorar, não podem nem gozar que os filhos estão lhe enchendo de problemas. Daí arrumam suas namoradas, que alívio! Mas elas teimam em odiar suas namoradas que não lhes dão nada, e ela que dá tudo está abandonada. E elas exigem que em suas horas de folga, quando não estiverem namorando, os filhos lhe sejam presentes, porque em breve vaõ precisar se dedicar a ela outra vez, e os filhos atrapalham muito.
Algumas colocam os filhos prá fora de casa? Aceitá-los de volta? Nunca, eles que sairam. Que pensando bem, nada melhor do que ter a casa livre prá receber seu homem que a ama tanto. Nada como poder viajar e os filhos não ficarem em casa sozinhos. Afinal ela tem uma vida prá viver e os filhos atrapalham.
A filha vai se separar, pede prá voltar, ela jura que vai pensar, e viaja, e transa, e viaja e transa...e ainda não sabe. A filha se separou e não tem prá onde ir, ela diz que está pensando. È necessário a ex da filha ligar prá ela e pedir que ela aceite a filha. Ela se revolta, fica boladona, afinal, quem vai tomar conta da filha quando ela precisar viajar e transar? Se irrita, surta! Decide odiar o mundo que rejeita seus lindos filhos! E agora?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Necessidades

Quero filmar, mas tem tanta coisa prá fazer ainda antes de filmar, caramba! Uma coisa importantíssima será eu terminar o roteiro. Pois é, não terminei o roteiro. Vou providenciar isso, então, vou ter de parar de escrever aqui no blog e mandar ver no roteiro. É, não existe filme sem roteiro. É, amanhã quando tiver terminado o roteiro volto para o blog. Eu preciso filmar, é como necessitar de ar, saca? É isso, vou fabricar meu oxigênio. Um abraço.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dois Infernos

Estava tudo tão estranho aqui dentro para nós duas, tudo muito estranho e complicado. Estávamos perdidas em meio a mil sentimentos, estávamos solitárias sem saber que caminho seguir e o que sentir. A raiva nos pegava a cada dúvida, a cada estranheza. Era sofrimento, desejo de crescer, de expandir por dentro. Ficávamos cada vez menores e os sentimentos ruins iam crescendo e nflamando as feridas de nossas doenças. Nos acusávamos, nos transformávamos em inimigas íntimas. E isso nos tornava cada vez mais sem chão, sem direito ao colo uma da outra.Perdemos o equilíbrio, era tudo triste e sem cor, sem brilho. Éramos dois infernos - perdemos prá doença, ela nos dominou.
Não dava mais prá sermos fortes, ou mesmo fracas; não éramos mais nada, a não ser discussões medíocres e injustas. Caimos do destino de ternura e mergulhamos em um mar de espadas. Sangramos, derramamos sangue e nos afogamos em nossas lágrimas com gosto de suco de ira. - desejei que fosse embora. Acabou! Caramba, acabou!
As promessas se curvaram à invalidez de todo amor que havíamos sentido. Éramos escravas da nossa própria incapacidade de perdão. O silêncio era covarde e frio no verão de 40 graus do Rio de Janeiro. Existir ficou pesado com gosto de dor. Nos transformamos em dor. As palavras amargas nos intoxicavam nos intervalos das baforadas de nicotina. Onde estavam os dias? Onde foi morar a lua em nossa noites cruéis e perversas? Fomos roubadas pela doença, massacradas pela ingenuidade de não perceber nossa adicção aflita pela degradação.
Nos degradamos, nos delatamos, éramos duas almas sombrias e doentes em um submundo que qualquer lucidez desconhece. Nos perdemos de nós mesmos e fomos esquecidas por qualquer indício de paz. O que era a paz dentro de um inferno de enganos maestrados pela insanidade. Duas crianças abandonadas em um beco escuro rodeadas por soldados de Hitler; o que era certo ou errado nesse inferno?
Éramos o pesadelo que queria sonhar. Tudo começou em abril e tudo terminou em abril, fechamos de vez nossas mentes e nossos corações. Como sentir o efeito de pancadas tão dolorosas? Como viver com feridas tão abertas no coração? E como dar perdão ou pedir perdão? Onde está o chão? O que é a razão no infinito de sentimentos tão sombrios? Prá que razão se não consigo pensar?
Vou esperar, vai ser duro esperar; vou esperar o que e prá que?
É... a vida não pode ser essa mesmo.

Essa estória um dia aconteceu, não me lembro quem me contou, sei que aconteceu.