quinta-feira, 8 de setembro de 2011

E A LAPA? O QUE SERÁ DA LAPA?



Hoje o dia estava cheio de sol, agora apresenta céu nublado. É, tudo é assim, tudo muda, e a Lapa infelizmente precisa mudar, mudar urgente! Prá bem longe da civilização. A Lapa que estou dizendo é aquela Lapa que festeja noitadas sensacionais, uma Lapa que merece a alegria que une várias tribos, gêneros musicais; a Lapa que floresceu de um silêncio de anos na sua existência . Aí alguém pergunta: - Se é bom, prá que mudar? Pois é, a alegria vem trazendo a falta de zelo pelo habitat da alegria. Acredito que o povo não está preparado para a democracia, porque a Lapa é uma democracia. Pois é, infelizmente a falta de educação e de aprendizado real do que seja a existência e a postura de cidadania, contornado por uma ignorância totalmente imatura e cega; torna a Lapa um lugar fétido e miserável.
Passar pelas ruas da Lapa é algo cruel de bike pela manhã de sexta, sábado e domingo; é triste e doloroso. Os olhos ardem, pelo nariz penetra um misto que não tem explicação, invade a garganta em uma ardência de coisa ruim. É muito ruim morar na Lapa nesse momento, é muito ruim.
A alegria na Lapa? Que legal! O prefeito acha bacana? O governador acredita que seja ótimo prá cidade as noites Lapianas? Então vamos exportar as noitadas da Lapa para os quintais do Palácio da Cidade. Isso seria legal. E convenhamos, democrático prá caramba!
Agora, tive uma idéia. As noitadas Lapianas poderiam ser exportadas para a cidade do rock após o rock in rio; vejam bem, teria direito até aos arcos. É só contratar um bom cenógrafo e faz-se outros arcos na cidade do rock. Os ambulantes, os barzinhos todos iriam prá lá. Poderia se construir um Projac Lapiano na cidade do rock. Um cenário maravilhoso copiando os bares existentes. Assim, só iria passar por lá, ir prá lá, quem estivesse com certeza de que o mal cheiro dos mijos e cocôs fétidos não os incomadaria. Seria perfeito, a galera ia beber até cair no próprio mijo, sem atrapalhar o trânsito, sem risco de contagiar alguém com suas mijadas escrotas. Faria um cercado destes que se coloca animais irracionais na roça, nossa! Uma maravilha!
E a verdadeira Lapa? Iria ter um Glamour diferente, pistas de skate, quadras de futsal, e pista de bike. Restaurantes fechados, com banheiro, de preferência. Circo Voador? Com uma proposta mais culta, mais civilizada, prá atrair pessoas educadas.
Algumas pessoas podem ficar revoltadas com essas coisas que estou escrevendo, vai ficar porque não sente aquela coisa fétida quando sai de casa pela manhã. Não sou contra a alegria, a euforia dos amantes da noite, eu adoro as noites da Lapa, mas aí, as manhãs são tristes e leva a Lapa para uma posição decadente e desorientada. E acredito que não tenha mais controle para essa falta de educação, o jeito é dar uma forma mais justa à cidade para que, quem mora dentro dela sentir um pouco de liberdade ao respirar, saber que pode respirar e vai ser bom. Não existe remédio para a falta de respeito e educação, visto que, boas maneiras é algo que vem sendo aplicado no país lá pelos primórdios, quando ainda Rio de Janeiro estava se transformando na Capital do Brasil; e a coisa desandou de tal forma que o retrocesso nos leva de volta a quando se fazia xixi no “pinico” e jogava-se pela janela. Agora o sujeito para em frente à porta da casa de alguém, ou de alguma loja ou lanchonete fechadas e mija como se isso fosse normal, e prá ele é, não tem educação, não tem princípios.
Banheiros químicos? Prá que entrar nele? Eles mijam na porta dos banheiros.
Aliás, não quero ficar falando onde mijam ou deixam de mijar, eu quero é respirar, e seria perfeito essa bagunça toda ir prá bem longe do nariz de quem precisa de ar.
Eu queria falar sobre meu direito de respirar, eu precisava desabafar, eu preciso respirar.

Um abraço.